Arte, Literatura e Ciência


          Na produção artística e literária das sociedades do Antigo Oriente, podemos perceber a influência da religião. A religião constituía a base da maioria das grandes obras literárias. Como exemplos significativos, a Bíblia hebraica, os Vedas indianos e, na Pérsia, o Zend-Avesta. Era utilizado a prosa e o verso. No terreno das artes, a influência religiosa  é muito visível. A manifestação artística de maior destaque era a Arquitetura; pode-se perceber que a Escultura e a Pintura eram consideradas como complementares daquela.
           Os povos do Antigo Oriente utilizaram materiais bastante resistentes como os blocos de pedra em suas edificações, especialmente templos, túmulos e palácios. Muitas dessas obras pereceram, mas outras, como as pirâmides, aí estão, desafiando os séculos. Podemos citar como exemplos da Arquitetura oriental: as pirâmides e os templos egípcios; os zigurates, templos religiosos dos mesopotâmicos; os palácios reais persas; a grande muralha chinesa; o templo de Jerusalém, construído pelos fenícios. A Pintura, mesmo sendo considerada um complemento da Arquitetura, teve um bom desenvolvimento, registrando características das maneiras de viver e de pensar das civilizações orientais. Faltava a técnica da perspectiva.
            Nas pinturas egípcias, por exemplo, seres humanos eram representados de acordo com o que os estudiosos denominaram de “lei da frontalidade”,  enquanto o rosto e os pés eram pintados de perfil. Na produção científica, destacam-se os conhecimentos astronômicos, matemáticos e medicinais.
Na Astronomia, a civilização que mais se destacou foi a mesopotâmica. Cálculo de eclipses, calendário, identificação de astros e estrelas, relógio de sol e clepsidra  mostram os resultados de muitas pesquisas e estudos. Muitas vezes, a astrologia desenvolveu-se paralelamente à Astronomia. Na Matemática, a contribuição oriental foi significativa: o sistema sexagesimal, base da Geometria, medidas de áreas e volumes foram elaborados por egípcios e mesopotâmicos; cálculo do valor de p, feito pelos hindus e chineses; invenção dos algarismos ditos “arábicos”, pelos hindus; o sistema decimal, criado pelos egípcios.
            Na Medicina, encontramos realizações realmente admiráveis, como o uso de plantas medicinais, cirurgias, diagnósticos vários e o desenvolvimento da acupuntura. Os egípcios desenvolveram a técnica da mumificação dos corpos, importante elemento da religião egípcia. A mumificação devia-se à crença no retorno da alma ao corpo. As ciências humanas não apresentaram o mesmo desenvolvimento, com exceção do Direito. Entre os mesopotâmicos, há notícias de códigos de leis anteriores a 2 000 a.C. O mais famoso código de leis da Antiguidade é o de Hamurábi, rei babilônico; entre os hebreus, o Decálogo, atribuído a Moisés. No campo da escrita, atribui-se aos mesopotâmicos a criação de sua forma mais antiga: a escrita cuneiforme. Eram caracteres em forma de cunha, gravados com um instrumento similar a um estilete em tabuletas de argila. No Egito Antigo, havia escrita hieroglífica.
            Os hieróglifos eram utilizados em inscrições oficiais e religiosas. Havia também a escrita hierática, mais simples que a hieroglífica, e a demótica, a mais popular. Os hieróglifos eram utilizados, também, para narrar cenas da vida cotidiana nas paredes de câmaras sepulcrais. A criação do alfabeto foi o maior legado dos fenícios . Mais tarde esse alfabeto foi aperfeiçoado pelos gregos, que criaram as vogais. A partir daí, a escrita tornou-se mais dinâmica, permitindo uma difusão rápida das idéias e dos acontecimentos.
 
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